Tempo ao Tempo
Por Andrea Cristina Lopes
Para que se nasçam as novas palavras
muitas vezes é necessário
elucidar novos vínculos
com o simples ato de silenciar
Para que se soltem eficazes as amarras
nada é mais contundente
acertadamente se dar um simples ato
de apenas um brando esperar
É cabível que se olhem para os semblantes
com olhos deveras ternos e de improviso
É aceitável a comoção dos lábios
Quando a razão se tornar descabida
e só a ternura se fizer preciso
Que o tempo ao tempo jamais se perca
aturdido entre o que se quer e que não
Que nos sejam as penas simplesmente
um reforço ao que mais almejam
a nossa alma e coração
***imagens google***