O que eu vejo, não é o que eu quero
Olho em minha volta
Querendo não enxergar nada
Os caminhos escuros
Seguidos por uma mesma serenata
Ser ou não ser
Já não é a questão
Pois não podemos mais viver
Nem seguir nosso coração
Sonhamos com um novo mundo
Iludidos por uma falsa esperança
Mas o que a maioria não vê
Está refletido nos olhos de uma criança
Um novo futuro não é o bastante
Sem criar um novo presente
Todos preferem não enxergar
Que estamos em tormentas constantes
Ainda existe uma esperança
Mas é tão difícil de alcançar
Pois ela está cravada
No coração daqueles que sabem sonhar
Chorar ou sorrir
Correr ou esperar
Vencer ou desistir
Odiar ou Amar
Tudo isso só o tempo sabe dizer
Pois depende da gente
Escolher entre um novo futuro
Ou o mesmo ranger de dentes
O espelho já não diz quem somos
Pois nossos olhos escondem coisas que nem sabemos
Como saber por completo
O que somos, e o que fazemos?
Adianta lutar?
Sem certeza de vencer?
Ou adianta mais esperar?
E assim perder?
O que eu vejo
Não é o que eu quero
Por isso luto por mim
E na vida, eu espero