O que eu vejo, não é o que eu quero

Olho em minha volta

Querendo não enxergar nada

Os caminhos escuros

Seguidos por uma mesma serenata

Ser ou não ser

Já não é a questão

Pois não podemos mais viver

Nem seguir nosso coração

Sonhamos com um novo mundo

Iludidos por uma falsa esperança

Mas o que a maioria não vê

Está refletido nos olhos de uma criança

Um novo futuro não é o bastante

Sem criar um novo presente

Todos preferem não enxergar

Que estamos em tormentas constantes

Ainda existe uma esperança

Mas é tão difícil de alcançar

Pois ela está cravada

No coração daqueles que sabem sonhar

Chorar ou sorrir

Correr ou esperar

Vencer ou desistir

Odiar ou Amar

Tudo isso só o tempo sabe dizer

Pois depende da gente

Escolher entre um novo futuro

Ou o mesmo ranger de dentes

O espelho já não diz quem somos

Pois nossos olhos escondem coisas que nem sabemos

Como saber por completo

O que somos, e o que fazemos?

Adianta lutar?

Sem certeza de vencer?

Ou adianta mais esperar?

E assim perder?

O que eu vejo

Não é o que eu quero

Por isso luto por mim

E na vida, eu espero

Leonhart
Enviado por Leonhart em 06/05/2011
Código do texto: T2953537
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