Para

Para

Escuto o eco do meu silêncio em um vácuo

sob a enxurrada de libras.

Sinto a pancada torturante da mais suave e

pequena pluma.

Esqueço da dor quando pulo na piscina

de eucalipto, mas logo me recordo dela

quando me sinto um cravo no meio dos

espinhos.

Calo meus pensamentos com outros

pensamentos que como vem, saem poesia.

Poesia...Poesia, delírio.

Deliro e quando dou por mim sai de mim

o que eu chamo de era uma vez minha.

Agora surto em outro sentimento de perda,

talvez de rumo..."Sumo".

Mais me acho em outro mundo

aonde as sílabas se transformam

em isto.

Por algum segundo sinto alivio,

por alguns segundos sinto alivio,

Por muitas horas procuro alivio e

em cada minuto sinto a dor de ser um

cravo no meio dos espinhos

Mas continuo sustentando este vicio...

Cipreste 03/05/2011

Cipreste
Enviado por Cipreste em 03/05/2011
Reeditado em 03/05/2011
Código do texto: T2947839
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