Minhas Marcas...
Guardo do tempo minhas marcas
E as histórias que compõem meu livro
E essas dores, tais como estacas
Permanecem aqui, enquanto vivo
E sempre sangram minhas tristezas
Das quais luto para cortar os laços
Queria levar da vida só as belezas
E elas não querem seguir meus passos
Por que a dor é sempre mais forte
E toma conta do coração?
Quem sabe eu tivesse mais sorte
Se eu entendesse sobre o perdão...
A mágoa, sei, é algema cruel
Que impede a luz, evolução
Assim deixo-as todas nesse papel
E tento voar, feito canção
Então alma cansada de tanto pranto
Fica clara tal qual é a luz do dia
E a alegria volta, como por encanto
Quando a dor se transforma em poesia...
Mira Dias - 2011