NO VÁCUO
Caído na calçada
um saco de ressaca
sem hora, sem dia,
onde está não sabe.
Esquisito, acorda sujo,
não vê ninguém e
olha , para ele olhando,
um urubu urbano
de cara preta enrugada.
No fundo, muito no fundo,
espera que a alma se acalme,
se recosta na encosta da vida
a espera de ter forças prá levantar
mastigando do lixo a maçã amassada.