A Pulga e o Novo

E a pulga atrás da orelha virou uma sombra

Pássaro de terra que não sabe voar

Tenaz em denegrir a própria perversão

Asfalto que levanta a poeira

E encobre a cachoeira

Águas fluindo no contra-fluxo da paixão

Foi-se o tempo do desamparo desprendido

Do amigo escondido e do orgulho ferido

Correndo nas margens do ser matrimonial

Travando a batalha essencial

Do coração que nasceu de novo

Lucia Ribeiro
Enviado por Lucia Ribeiro em 28/04/2011
Código do texto: T2935431
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