ETÉREA VISÃO

Se descrevo tal etérea visão

Que deparo lânguido nas trevas

Vejo o viço em meio a escuridão

Que nela adejam ávidos devas.

Sem rumo e incógnito coração

Se da mais perfeita criatura

Recebeste a dor, decepção,

Que dizer da lua e sua alvura?

Ou se pelos funestos vales

Que me conduzi em meus sonhos,

Pelas ondas bravias dos mares,

Também me fazem dias tristonhos.

Num suspiro retomo a dor

Que lutuosa fere no imo, o brio,

Não olho mais nos olhos do amor

Pois comigo ele foi tão frio.

Eu, num hausto, sorvo a agonia,

Cada lágrima nutre meus tendões

Que por fim retorna em alegria

Para mim com novas emoções.

E meu corpo inda semi-desperto

Sobre o leito que me dera D´us

Onde espreguiço e me desconcerto

Das visões e pesadelos meus.

Vai adentrando ao dia o amanhecer

Dissipando as trevas para seus lugares

Das dormências vagas do viver

E dos medos que pairam em pares.

Parabéns! Felicito de contente,

Que me foi dada nova oportunidade

Em cada manhã de luz inocente

Que dissipa toda dor da saudade.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 28/04/2011
Reeditado em 28/04/2011
Código do texto: T2935401
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