Anseios da Alma


Singela alma escrava dos desmedidos medos

Que tudo receia desencantada dos segredos

Privada de desfrutar sensações de saciedade

Banida do real onde moravam as suas vontades



Alma insegura temerosa, estranhas criaturas

Apavorantes vultos disformes vês na clausura

Imaginação fértil que se alastra em pesadelos

Sugando de ti resquícios de abraços e ternura



Alma encharcada de tédio envolta em lágrimas

Solidão plangente travestida,  dor e melancolia

Vazio habitual onde outrora o afeto repousava

Silêncio indiferente, ecoar da vida amareladas



Não te amedrontes observe o cais  se avizinha

Repousará feliz acalentada, festiva primavera

Saberá alma,  amor e carinho não são quimeras

Feliz vivenciará a luz das estrelas na passarela

(Ana Stoppa)
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 26/04/2011
Reeditado em 03/05/2011
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