LIVRE ARBÍTRIO
E no hálito fresco da manhã
Que em meu leito desperto
Meio indolente, inda coberto,
Contemplo a claridade sã.
O que me motiva a despertar,
Despedir-me do sono sonhador
Das formas abstratas do alvor
Que vai desaparecendo ao acordar.
As brumas viram nuvens no céu,
O manto negro, o azul celeste
Que da lúcida claridade veste,
Junto com seu alvo véu.
Um frêmito som, o prefácio,
De mais um dia para acontecer
Como os outros que pude viver,
Pode ser difícil, ou ser fácil.
Se olhar a luz desde o início
Desde o nacimento ao seu ocaso
Ser dia profundo ou dia raso
Pode ir para cima ou precipício.
(YEHORAM)