Pulsações

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Que é e onde estaria o erro, afinal?

Quando se busca sair da monotonia;

quando se pretende burlar convenções, ousar...

Não se pode ter medo – ‘jogue tudo pro ar!’

Por que medir palavras, ter receios ou medo?

Por que falar pra você o que todos falam?

Se não ousar...

Se não mostrar que em mim há diferenças,

Não valerá, não mesmo, a pena tentar!

Quero chocar, provocando espanto!

Quero, através do gozo, revelar meu encanto...

Quero que você sinta medo do que sente;

quero que seu corpo inche, mele, pulse e goze!

Isso mesmo...

Explore-se! Toque-se! Sinta-se!

Deu certo?

Enquanto o cerrar dos olhos seus,

na solidão da sua cama, porta trancada,

no breu, revela um toque diferente, quente;

Cá estou eu, extasiado, imaginando apenas...

Mãos... Dedos... Sussurros... Medos.

Isso mesmo!

Desligue o celular, sinta ódio, pense em desistir!

Tente iludir-se fingindo que meu gesto decepcionou.

Sei que não há ódio, pois sabe que presto!

Deu certo? Ah que delícia!

O tato se fez ato e de fato um corpo desmoronou...

Uma. Duas. Quantas vezes?

E amanhã, quiçá na terça,

estaremos curiosos e que me esclareça

tudo o que fora feito:

a luz, a cama, o toque, as pulsações...

deu sono?

Então durma – o vulcão alvoreceu.

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 20 de abril de 2011.

22h52min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 20/04/2011
Código do texto: T2921437
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