Máquina Do Tempo
PRIMEIRA PARTE
A maquina do tempo, segue a rota
Frente a face negra do futuro...
Já que o passado só sorveu derrota
E só pra frente perambula o mundo.
A máquina do tempo, não demora
Chega ao cúmulo do impermeável
Geme o morto, canta e chora
Já que o ciclo gira incontornavel.
Quais das chaves faz voltar agora?
Que devolve o pobre errante ao erro!
Qual tão sacra a de me por pra fora
Do sadismo tão lúcido e negro?!
Que escuro! Tem janela ou porta?
Onde venha luz divina e santa!
Que endireite toda cruz que torta
Sofre pena e pende pra vingança!
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SEGUNDA PARTE:
Eu mato, sem poder matar-me
Nas vielas eu violo as damas
Vingo todas, sem poder vingar-me
Sem ama-las, já que não me amam.
Tão cruel, sou por injustiça
Minha alma é por demais que franca
Um pequeno que atrai por birra
A vista errante das demais crianças...
Que adianta, nobre do perdão?
Se sua prática é demais insana...
Tem preço, mas se cobra em vão
Tendo o banco das virtudes pouca grana!
Meu ódio, bom é que se entenda
Com o povo bem banhado a lama
Todos autos, sem ninguém que manda
Realmente, em suas vis despesas!
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PARTE 3
Voltar, Deus, por que não posso?
Se enquanto vivo, só me resta a morte!
Dê-me a chance, tão mais que logo
Já que a foice não se apega em horas!
Serei sincero, vou encher meu peito
Num passado, não agi por certo;
Aqui agora, com na mente um peso
Que me joga contra o chão do inferno.
Eu amei, sem amar direito
Fui fraco, claro, e desonesto
Com ela, eu provei do medo
Retardando o que já era lerdo!
Máquina do tempo, me leva!
Lá atrás, fiz tudo além de nada
Vim, sem ter beijado ela
E hoje, só lembrar me mata.
Máquina, sem mais drama, vamos!
Tira-me logo dessa triste jaula;
Agirei de acordo com meus planos
Para ter sonhado beijo de Ana Paula.
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OBRIGADO PELA LEITURA!