Voz solitária do poeta

 

Abro o jornal e sem graça,

Busco um assunto que faça

O meu coração bater forte.

Fico infeliz e o fecho

Porque só vejo o desfecho

Daquilo que fala de morte...

 

Quando ligo a televisão,

Querendo ver outra atração,

O que vejo não me satisfaz...

Ali só propagam desgraças,

Mulheres chorando nas praças,

Não falam de amor e de paz.

 

Mostram como herói, assassino,

Valorizam o desatino

Em troca de míseros reais...

E entre figuras monstrengas

De brigas e grandes pendengas

Não falam de justiça, jamais.

 

Assim, minha voz solitária

Busca quem seja solidária

E quem queira outras opções,

Que fale em versos ardentes

Para conquistar outras mentes

E sensibilizar corações.