Futura Muralha
Que tudo que eu sou ainda viva
durante minha anemia ferropriva
que mesmo entre o vomito espesso
eu lembre que é menos que mereço
Que durante as minha tempestades mais torduosas
quando me faltar os perfumes das petalas das rosas
que eu tenha coragem de proseguir com minha vida
mesmo quando meus olhos disserem: - não há saida
Quando as minhas pernas não quiserem mais me carregar
e meus braços estiverem na loucura de quererem se cortar
que minha cabeça vá para onde encontre a fresca sombra
sem sequer a possibilidade do pesadelo que me assombra
Deus queira que durante todas minhas loucuras fatais
que eu ainda tenha raça e vigor para poder viver mais
espero que sejam de brinquedo as tais laminas de aço
e que sejam de mentira a dor das vitimas que eu faço
E se por qualquer uma macabra sorte assim não for
quando ver que eu me enclausurei na falta de amor
que tenha as forças de alguns desses meus membros
para sair da muralha construída quando eu nem lembro