O Passeio da Alma na Lua
Minha alma de poeta, tristonha em devaneios.
Sentindo-se solitária na lua quis um dar passeio.
Embarcou na doce ilusão de visitar o infinito,
Ficar junto das estrelas aquecer-se no sol bendito.
Antes, porém do destino visitou várias paragens,
Algazarras e sorrisos vindos de muitas crianças,
Percebeu então que estava no país de nome infância.
Fez ciranda pulou cordas, se integrou na paisagem.
Os folguedos eram tantos que desejava brincar.
Mas escutou de mansinho a realidade chamar.
O país maravilhoso que sonhava na lembrança.
Era lindo, era real mais pertencia à infância.
Seguiu qual anjo alado para a lua encontrar,
As paragens eram muitas as paisagens também.
Percebeu a alegria, a paixão e a vida a brilhar
Viu a placa assinalando se for jovem pode entrar.
Esportes radicais, sons, namoros, praias, baladas.
Os jovens daquele grupo do lado direito estavam.
Alegres e bem humorados, nos estudos centrados.
Felizes e muito saudáveis em busca do futuro traçado.
Percebeu na mesma rua um canto frio e escuro,
Eram jovens adormecidos, tristonhos e sem futuro.
Vagavam tristes sem rumo, ensandecidos, drogados.
Do outro lado da rua seus pais e amigos pranteavam.
Terminada esta etapa os anjos tocavam clarins.
Saiu do mundo dos jovens, seguiu imenso jardim.
Ouviu na saída atenta as pessoas preocupadas
Enxergava muitos vultos, era o mundo dos adultos.
Enxergou as mães modernas e sempre ocupadas
Delegando a maternidade à empresas terceirizadas.
Os homens engravatados sequer viam os seus filhos.
Compensavam com presentes as ausências, o vazio.
Minha alma quis voltar, desencantou-se da viagem,
A dureza da realidade pedia mudança na paisagem
O repensar dos valores em busca da simplicidade.
O amor incondicional, a conquista da igualdade.
Sentiu a responsabilidade diante do que enxergara.
Fez a viagem de volta, sem ao menos ver a lua.
As mudanças eram urgentes, muita gente sem rumo
Precisavam de ajuda, sem rumo tristonhos vagavam.
Ao despertar da viagem, lágrimas banhavam a face.
Relatou para as almas amigas o que vira na viagem.
Não foi possível o silêncio, diante de tantas agruras.
Unidas em busca do bem, descobriram a caridade!
(Ana Stoppa)
Minha alma de poeta, tristonha em devaneios.
Sentindo-se solitária na lua quis um dar passeio.
Embarcou na doce ilusão de visitar o infinito,
Ficar junto das estrelas aquecer-se no sol bendito.
Antes, porém do destino visitou várias paragens,
Algazarras e sorrisos vindos de muitas crianças,
Percebeu então que estava no país de nome infância.
Fez ciranda pulou cordas, se integrou na paisagem.
Os folguedos eram tantos que desejava brincar.
Mas escutou de mansinho a realidade chamar.
O país maravilhoso que sonhava na lembrança.
Era lindo, era real mais pertencia à infância.
Seguiu qual anjo alado para a lua encontrar,
As paragens eram muitas as paisagens também.
Percebeu a alegria, a paixão e a vida a brilhar
Viu a placa assinalando se for jovem pode entrar.
Esportes radicais, sons, namoros, praias, baladas.
Os jovens daquele grupo do lado direito estavam.
Alegres e bem humorados, nos estudos centrados.
Felizes e muito saudáveis em busca do futuro traçado.
Percebeu na mesma rua um canto frio e escuro,
Eram jovens adormecidos, tristonhos e sem futuro.
Vagavam tristes sem rumo, ensandecidos, drogados.
Do outro lado da rua seus pais e amigos pranteavam.
Terminada esta etapa os anjos tocavam clarins.
Saiu do mundo dos jovens, seguiu imenso jardim.
Ouviu na saída atenta as pessoas preocupadas
Enxergava muitos vultos, era o mundo dos adultos.
Enxergou as mães modernas e sempre ocupadas
Delegando a maternidade à empresas terceirizadas.
Os homens engravatados sequer viam os seus filhos.
Compensavam com presentes as ausências, o vazio.
Minha alma quis voltar, desencantou-se da viagem,
A dureza da realidade pedia mudança na paisagem
O repensar dos valores em busca da simplicidade.
O amor incondicional, a conquista da igualdade.
Sentiu a responsabilidade diante do que enxergara.
Fez a viagem de volta, sem ao menos ver a lua.
As mudanças eram urgentes, muita gente sem rumo
Precisavam de ajuda, sem rumo tristonhos vagavam.
Ao despertar da viagem, lágrimas banhavam a face.
Relatou para as almas amigas o que vira na viagem.
Não foi possível o silêncio, diante de tantas agruras.
Unidas em busca do bem, descobriram a caridade!
(Ana Stoppa)