A DEUSA FERIDA

Mesmo que a vida me desse,

Mil coisas para fazer.

Teceria sempre palavras

Visceralmente ligando você

Em um pouco de tudo, inclusive amor,

Num sentido profundo no engasgo de dor.

Para ler o contexto que segue,

No complexo jeito de olhar

Faz-se silêncio na alma

E o espírito se põe a pensar

Tanto o homem, quanto a mulher.

Ligados em um só par.

Nos espasmos da liberdade

Com seus olhos eu me encanto...

Mesmo com todo pranto

Tem que haver uma saída

Acredito firmemente

Que só existiu Homero.

Porque existiu a Ilíada.

Sob o jérsei molhado despontam

Dois maxixes do coração

É cio, é desejo, é candura.

Que na ótica do macho é tesão,

Da criança é pura ternura

Há sempre a fusão de dois corpos

Quando a célula se faz menino.

Há sempre fusão de duas almas

Quando, nasce uma menina.

Elas vão morrendo aos poucos.

Como se fosse uma sina

P’rá quem diz cara metade...

Horrenda carnificina!

O universo por si explica

Metade de Deus é menino

E a outra metade é menina.

Nota: 08 de março (Dia internacional da mulher).

Por aquelas que partiram prematuramente

vitimadas pelos seus parceiros (Homens).

Dinis
Enviado por Dinis em 22/03/2011
Código do texto: T2864559
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.