CONTEXTO E O PRETEXTO DO TEXTO

Todas as letras escritas num magnífico contexto

Interpretando as frases em forma de versos

Os segredos de um coração estampados no texto

Ora retratando os bons sentimentos, ora os perversos

Cotidianamente busca as entrelinhas de um pretexto

Das idas e vindas dos sonhos e seus reversos.

Se quem jurou amar sem medir a vasta extensão

De um território totalmente desconhecido

De leitora para o próximo estágio sem pretensão

Poder vislumbrar as belezas de um dia amanhecido

O bocejo desferido ao sentir a desvairada hipertensão

Por causa de um sentimento há muito conhecido.

Talvez uma migalha servida numa bela bandeja

Fosse o suficiente para alimentar o fraco anseio

De percorrer cada centímetro que a alma deseja

O espírito na vastidão do seu longo passeio

Só conhecer o sabor que a boca loucamente beija

Duas almas sedentas se deleitam no mesmo seio.

Um pedido jogado na fagulha da acesa chama

De numa manhã chuvosa encontrar teu destino

Seja numa frase bem elaborada que clama

Para não permitir ser vencido pelo desatino

Mesmo sem a certeza que realmente a ama

Nos devaneios de um sonho leviano e matutino.

Ah, quanto prazer contido nas minhas leituras

Dos ímpares e tão esperados comentários

Cada dia é acordar desejando as aventuras

Contidas as margens dos meandros literários

Sou capaz de idealizar as estranhas estruturas

Dos medos e segredos dos teus itinerários.

Antonio dos Anjos
Enviado por Antonio dos Anjos em 14/03/2011
Código do texto: T2846915
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