LIBERDADE

Desprendi-me dos laços que me atava os passos,

troquei os trapos, abri os trincos, engomei os vincos.

Vesti-me de dia, guardei a noite, saí do labirinto.

Com mãos cadenciadas teci o tempo

que sem lamento se fez risada.

Desci da lua, pisei o solo, mostrei-me nua.

Bordei o verso na face crua

que sem tormento me fez só sua.

Sem cansaço tal qual liberto pássaro

desprendi-me dos rotos passos de aços emaranhados.

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 08/03/2011
Código do texto: T2836170
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