O PEDESTAL DA SAPIÊNCIA
No pedestal sagrado do conhecimento
Em vão eu tento nele me firmar
Sabendo eu que pouco terei sucesso
Contra as ondas que espalham sofrimento
Sem voz e nem vez para poder afirmar
Como defender para a nação o progresso.
Na mais alta torre onde mora a sapiência
Não ultrapasso o primeiro estágio
Faltando-me ousadia para prosseguir
E alcançar o pico onde mora a ciência
Evitando da ignorância o contágio
Dos próximos passos para seguir.
Será necessário esforço, luta e confiança
Galgando devagarzinho um degrau de cada vez
Convicto que a batalha não será inútil
Pois cada vitória se renova a esperança
Presenteado por tudo que já se fez
Desprezando cada momento fútil.
Cada palavra que na torre do amor seja escrita
Terá um significado real literário
Onde os amantes, poetas, poetizas e escritores
Tenham uma senha única e restrita
Sem precisar de permissão e nem inventário
Para debater temas relevantes sem causar dores.
Muitos tentam e poucos aqueles que conseguem
Lutando a cada instante para chegar ao cume
Desafogando quando alguém sabiamente comenta
Quando os meus instintos ao conhecê-la perseguem
Devastando da alma dos seres humanos o doentio ciúme
Ao se aproximar do ápice da torre a ansiedade aumenta.
Na esperança de chegar ao fim da cruel escalada
E ver lá de cima o que foi magnificamente comentado
Sem conhecer a face de quem tão bem escreve
Olhar lá do alto o infinito esplendor da alvorada
Tentando interpretar o verdadeiro significado
E sonhar com um encontro num futuro breve.