O PEDESTAL DA SAPIÊNCIA

No pedestal sagrado do conhecimento

Em vão eu tento nele me firmar

Sabendo eu que pouco terei sucesso

Contra as ondas que espalham sofrimento

Sem voz e nem vez para poder afirmar

Como defender para a nação o progresso.

Na mais alta torre onde mora a sapiência

Não ultrapasso o primeiro estágio

Faltando-me ousadia para prosseguir

E alcançar o pico onde mora a ciência

Evitando da ignorância o contágio

Dos próximos passos para seguir.

Será necessário esforço, luta e confiança

Galgando devagarzinho um degrau de cada vez

Convicto que a batalha não será inútil

Pois cada vitória se renova a esperança

Presenteado por tudo que já se fez

Desprezando cada momento fútil.

Cada palavra que na torre do amor seja escrita

Terá um significado real literário

Onde os amantes, poetas, poetizas e escritores

Tenham uma senha única e restrita

Sem precisar de permissão e nem inventário

Para debater temas relevantes sem causar dores.

Muitos tentam e poucos aqueles que conseguem

Lutando a cada instante para chegar ao cume

Desafogando quando alguém sabiamente comenta

Quando os meus instintos ao conhecê-la perseguem

Devastando da alma dos seres humanos o doentio ciúme

Ao se aproximar do ápice da torre a ansiedade aumenta.

Na esperança de chegar ao fim da cruel escalada

E ver lá de cima o que foi magnificamente comentado

Sem conhecer a face de quem tão bem escreve

Olhar lá do alto o infinito esplendor da alvorada

Tentando interpretar o verdadeiro significado

E sonhar com um encontro num futuro breve.

Antonio dos Anjos
Enviado por Antonio dos Anjos em 18/02/2011
Código do texto: T2799752
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