Andarilho (Poesia Marginal)

Sou pensador, um andarilho entre tanta erva daninha

Vejo tal realidade, mas essa verdade não é minha

Na esquina um falso profeta desenhando o meu futuro

Tenta me manipular em seu caminho obscuro

Logo à frente a ganância fantasiada de irmão

Tentando me vender as palavras do pai

Enquanto segura a minha mão

Tropeço e caio de cara na minha própria perdição

Olho pro céu e me pergunto, onde está à salvação?

Fico sem chão, mal sinto pulsar o meu coração... (Aguardo o trem)

Os meus sonhos se perderam, ficaram em alguma estação

Em cada fim do túnel uma possibilidade passageira

A esperança sempre atenta, nunca morre, ela é guerreira

Um infinito a minha frente sem nenhuma luz pra me guiar

Mas eu sei que é só seguir, que em algum lugar eu vou chegar

E mesmo na incerteza de saber se um dia eu vencerei

Eu continuarei, quem eu sou jamais esquecerei

Sei que eu não nasci príncipe, mas um dia eu serei rei

Rei do meu próprio eu, rei da minha própria verdade

Rei do meu próprio destino, rei da minha própria realidade

Farei do auto-conhecimento o meu próprio império, eu falo sério

Prazer, esse sou eu, essa é a minha vida, que pra mim ainda é um mistério

(Loucuras de Mili)

(Ar)riscando poesia (risos)