FACE A FACE
Por vezes o silêncio se faz importante
Nos mostra o rumo que devemos tomar.
Face a face com um destino intrigante,
Fato e enigma que ousamos desvendar.
Embrenha-se feito a fera na escuridão,
Mostra sua forma e não se repreende.
Contemporiza a mente, na justa razão.
Quando provocada, nunca se ressente.
Duela com o mais sublime sentimento,
Não se intimida diante da adversidade.
Pouco a pouco se basta num momento,
Desfaz qualquer indício de infelicidade.
Sempre à frente do inimigo, e impulsivo.
Benigna emoção, o sortilégio incidental.
Constante ilusão do destino conclusivo
Que beira a sensatez, fato condicional.
Simples objeto que se porta irrefutável
Como o mar revoltoso que nos arremete.
Segrega o possível e ressurge maleável
Instigando o tempo no que se acomete.
Nascedouro da paz na ideal consciência
Solidariza a invencionice, almejada ação.
Do devaneio que se vê na real sapiência
Maculado pensamento, íntegra solução.
Pirapora/MG, 14/02/11.