CONFISSÕES DERRADEIRAS
Confissões Derradeiras
Poema de Carlos Freitas
Não...
Por favor...
Não sigam meus passos!
Sou um ser “dominado”,
Às vezes “viajo” só,
Nas asas de torpes fantasias.
Vivo num catre promíscuo,
Meus dias são “turvos”,
Minhas noites assombradas.
Foi ela!
Conheci-a pelos “becos”,
E ignorando a dádiva do viver,
Embriaguei-me com seu aroma “legal”.
Apaixonei-me,
O resto perdeu o valor.
Meus pensamentos,
“Meus atos”, meu corpo,
Sem hesitar a ela entreguei.
É minha paixão,
Será minha “destruição”.
Amigos que “conheceram-na”...
... Se foram,
As famílias em choro
E eu,
Cada dia mais “carente”,
“alucinado”,
Por esse amor de perdição.
Ela enganosa, sem sentimentos, me “acena”,
Oferecendo ilusão.
Em troca exige “meu corpo”,
Minh’alma... Meu coração.
Enquanto meus lábios sorriem,
Meus olhos lacrimejam.
É o medo da sua “ausência”.
Por ela faço loucuras,
Se preciso, roubo, mato,
Entrego-me ao Demo.
Abandonei a lucidez,
E “muito tarde” percebo,
Sem reagir,
Que estou “morrendo”.
Minha vida desgraçada
Está por um triz.
Mas,
Não mais me importo,
Tenho-a junto a mim.
Ela...
É uma “porção de pó”,
Que me entra pelo nariz!
Mais uma vez... Não...
Por favor...
Não sigam meus passos!
**Poema extraído do livro: Lampejos Literários
De Carlos Freitas
N.A*Se, esse poema foi lido por alguém, que nesse exato
instante pensava em entregar-se ao vício, e, com essa leitura
mudou de idéia... Então, já valeu a pena tê-lo escrito.
Carlos Freitas