Dia nublado!
Hoje no silêncio que envolve minha alma,
meu coração transborda de sentimentos misturados.
Sentimentos de solidão, de angústia, de dor,
sentimentos de amor, de alegria, de felicidade.
Olho pela janela nuvens escuras, vento nas árvores,
os pássaros agitados, voando freneticamente
contentes pela chuva que vai chegar.
Como eu, perdido ali num ninho um filhotinho pardo a reclamar,
o vento castiga seu ninho e ele chorando chama pela mãe.
As flores balançam para lá e para cá, chegando a beijar o chão,
arqueadas pelo vento a açoitar seus ramos.
Os balanços do parque sozinhos e embalados se jogam uns contra os outros. E vem chegando o cheiro de terra molhada, cheiro de mato molhado,e os pássaros já não se lançam no ar,
agora se escondem da chuva gelada.
A terra sedenta suga toda a água e as formigas já em seus ninhos,
espreitam para ver se a água não vem inundar seus formigueiros.
Há uma certa mágia no ar, aquela chuva que ao mesmo tempo vem acalmar o calor, pode também se transformar numa tempestade e trazer muita dor.
Mas alheias a tudo isso percebo que algumas crianças brincam nas enxurradas, não imaginam que apesar de serem lindos os barquinhos de papel a correr pelas águas, elas trazem perigos escondidos nelas.
E o tempo vai acalmando e a chuva diminuindo, e alegremente já aparecem alguns pássaros, e as folhas iluminadas pelas gotas transparentes, estão contentes por receber esse carinho.
Algumas flores cairam pelo chão, não se pode receber tudo isso sem perder alguma coisa.
As formigas nem se arriscam, continuam escondinhas,
trancadas em seus formigueiros.
Os balanços agora molhados, vão e vem suavemente, permitindo assim que se sequem.
O filhotinho agora coberto pelas seguras asas de sua mãe,
já não reclama mais.
E eu ali parada olhando aquela mágia daquela hora, aquela transformação tão rápida, esqueço o que envolvia a minha alma.
E me entrego apenas aquele momento único e real...
Silvana Santos
Hoje no silêncio que envolve minha alma,
meu coração transborda de sentimentos misturados.
Sentimentos de solidão, de angústia, de dor,
sentimentos de amor, de alegria, de felicidade.
Olho pela janela nuvens escuras, vento nas árvores,
os pássaros agitados, voando freneticamente
contentes pela chuva que vai chegar.
Como eu, perdido ali num ninho um filhotinho pardo a reclamar,
o vento castiga seu ninho e ele chorando chama pela mãe.
As flores balançam para lá e para cá, chegando a beijar o chão,
arqueadas pelo vento a açoitar seus ramos.
Os balanços do parque sozinhos e embalados se jogam uns contra os outros. E vem chegando o cheiro de terra molhada, cheiro de mato molhado,e os pássaros já não se lançam no ar,
agora se escondem da chuva gelada.
A terra sedenta suga toda a água e as formigas já em seus ninhos,
espreitam para ver se a água não vem inundar seus formigueiros.
Há uma certa mágia no ar, aquela chuva que ao mesmo tempo vem acalmar o calor, pode também se transformar numa tempestade e trazer muita dor.
Mas alheias a tudo isso percebo que algumas crianças brincam nas enxurradas, não imaginam que apesar de serem lindos os barquinhos de papel a correr pelas águas, elas trazem perigos escondidos nelas.
E o tempo vai acalmando e a chuva diminuindo, e alegremente já aparecem alguns pássaros, e as folhas iluminadas pelas gotas transparentes, estão contentes por receber esse carinho.
Algumas flores cairam pelo chão, não se pode receber tudo isso sem perder alguma coisa.
As formigas nem se arriscam, continuam escondinhas,
trancadas em seus formigueiros.
Os balanços agora molhados, vão e vem suavemente, permitindo assim que se sequem.
O filhotinho agora coberto pelas seguras asas de sua mãe,
já não reclama mais.
E eu ali parada olhando aquela mágia daquela hora, aquela transformação tão rápida, esqueço o que envolvia a minha alma.
E me entrego apenas aquele momento único e real...
Silvana Santos