A CRUZ QUE NÃO MEREÇO
Entre quatro paredes de uma cela
Dentro de uma sociedade que me trai
Vivo em busca de uma fuga impossível
No salão os doutores se distraem
Fora ouço multidões que gritam,
Prendam e soltem Barrabás!...
Que mal fiz?... Perplexo pergunto
Só por não ter nada em custeio
Você condena-me inocente
Talvez, por um dia ajudar um companheiro
Faço muito e por tí vem a recompensa
De martelo, prego, espinho e o madeiro.