Desabafo

O verdadeiro herói esta no quarto e cozinha de maderite

Ali naquele cubículo uma grande esperança resiste

Naqueles pequenos comôdos, o amor ainda existe

Viver é muito, apenas sobrevivem

Mesmo assim, não reclamam da vida

Levanta cedo todo dia, na mochila a marmita

Quantos sonhos na periferia são diariamente arruinados

Crianças sem perspectiva, à própria sorte deixados

Vejo pessoas humildes de almas frustradas

Que veêm na vida uma sofrida jornada

Quantos mais irão morrer?

Quantos mais terão que sofrer?

Para que a política brasileira comece a se mover

Ainda vejo-os sorrindo, brincando inocentemente

Vitímas do descaso iminente dos corruptos inconpetentes

Aqui pro cidadão honesto ter um této

Só entrando em conflito com polícia, invadindo prédios

Em meio áquele desespero, corre-corre

Pedras são atiradas em vão no escudo da tropa de choque

São interesses pessoais, são gananciosos demais

Que impedem a nossa rotina de conhecer a PAZ

Áquele velho sonho de não haver mais classes sociais

Jamais será realizado nos tempos atuais

Quantos talentos perdidos em todas periferias

Futuros médicos, advogados, professoras nas esquinas

Sem estrutura, sem família, sem valor, sem dignidade

Nestas situações, é difícil sustentar a honestidade

Ás vezes fala mais alto a necessidade

Não perdemos o defeito do costume de julgar

É bem mais fácil apontar o erro e condenar

Então, vejo milhares de sonhos arruinados

De tanta fé meu Santo já está cansado

E nada por aqui mudou, ou irá mudar

Porque a covardia é surda, e a Justiça finge não enxergar

FaBinhO Endecha Veraz
Enviado por FaBinhO Endecha Veraz em 27/01/2011
Reeditado em 27/01/2011
Código do texto: T2756318