DESTE MUNDO DE ONDE EU VENHO
Deste mundo de onde eu venho
Que ostenta a vida em pujanças
E denigre homens as esperanças,
Ou me roubam tudo o que não tenho.
Eu nasci e vi crescer uma nação,
Um quadro triste de um triste desenho,
Me pintaram a real, mal desempenho,
Vi neste quadro tanta corrupção.
Eu sonhei ainda jovem com mudanças,
Mas este tolo sonho vi voar pela janela,
Vi poeta chorar mares de amor por ela,
Choro também por essas vis esquivanças.
O meu sonho de uma nação mais justa,
Sei que sonham também outras pessoas,
Já vi neste mar afundar tantas canoas
Neste mar que a vida vale o quanto custa.
Mas de tudo que eu vi existe um brilho,
No olhar do homem que deseja o bem,
Vejo que orgulho o povo daqui tem,
Gentil a mãe que voltará a cuidar do filho.
(YEHORAM)