"Esperança"
Desesperadamente procuro
Como agulha no palheiro
Quão difícil é encontrar
Procuro com muito empenho
Passo horas meditando
No mais profundo silencio
Nem do palhar um ruído
Nem do pensar pensamento
Escuto o toc toc
Do velho relógio cuco
Que sem sentir não se prende
E leva o tempo profundo
A procura é continua
Com silencio sem alarme
Dói à perda dói a alma
Sem distração que se acabe
Soluço ouve se apenas
Engasgado na garganta
Pode ser que se encontra
A porção da esperança
Se varrer será perdida
Pois continuaria no chão
Perto ou longe na poeira
Vasculhar se deve então.