Como é difícil ser ponderado,
Quando se é, naturalmente, acelerado.

Há que se ter uma atenção constante,
Para não atender aos rompantes.
Não sair quebrando tudo
Que está podre no mundo.
Sem remorsos,
Nem caroços...
Só impulsionado por uma coragem visceral,
Uma emoção sideral!

Mas, muito pouco disso, ainda é possível.
Veneno sem antídoto para quem se pretende sensível!

É tentar convencer o rio de não correr para o mar...
Impedir um belo canto, de voar!
É crime contra a natureza.
É desdenhar uma certeza...
Mesmo assim, por enquanto, inegociável...
Intocável.
Ainda resta um bom pedaço da estrada,
Para ser percorrido pela “boiada”...

Parece que tudo tem mesmo um tempo certo...
Até mesmo, para aparecer o correto.

Para se extinguir com o berro,
Para desentortar o ferro...
Para destronar o inútil
E exterminar com o fútil!
Para o crescimento,
Para o amadurecimento,
Para a chegada
Anunciada

E ansiada,
Da esperada alvorada!

É necessária muita cautela,
Para não extrapolar, pelas tabelas...
É viver em permanente fricção!
Sem poder tirar os pés do chão...
Alimentado pelo sonho de se soltar,
De se libertar!
De voar...
E ir ter com o ar!






Vídeo recomendado:
http://www.youtube.com/watch?v=ARRvyiycqCs
Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 21/01/2011
Reeditado em 21/01/2011
Código do texto: T2742505