Quem sabe, um dia?

Quem sabe um dia?

Voltarei a sentir seu perfume no ar?

Sentirei novamente seu toque em pingos de chuva?

Serei apaixonadamente abraçado na força do vento?

Sonharei o real sem pressa de acordar?

Quem sabe um dia?

Mergulharei no gosto do seu hálito sem a pressa da vida?

Confundirei o desalinho dos seus cabelos como as mais belas cascatas?

E viverei, de novo, nas entranhas do seu corpo, a mais bela historia de amor?

Quem sabe, um dia?