Ao Glorioso Crack...?
Teus olhos buscam refúgio,
na negritude da destruição,
o lume que te acende a vida,
faz da fumaça grande avenida,
o crucufixo para tua oração...
As vezes morres nas valetas,
umidecido pela chuva que cai,
junto a ti teu escravo vai,
saturado de teu prazer.
Não sorveu-te até o fim...
E vôa para a eternidade assim,
com quem te chamou de amor,
ao de ti escrever!
Serão de sons estas eternidades,
imagem e alma distorcida,
onde é o céu para tal criatura,
que inunda de ternura impura,
sua breve e desgraçada vida?
Ai de ti, e de quem te espera,
esta tua face que escraviza e mata,
na eternidade não pode viver,
lá onde Deus todas as almas resgata,
a mesquinhez de tua vida, irá padecer!
Ao crepúsculo que te anuncia,
à servidão que irá saciar,
é detalhe a beleza do entardecer.
Pois os olhos vermelhos de fome,
beijam-te, o cataclisma que os consome,
e acham que o amor não os pode merecer!
Malgaxe