Feridas abertas em sentires magoados
a nudez que estampada, deformada
por gases poluentes que estonteiam
em pigmentos pretos que descolorem o verde
o amarelo o azul da esperança.
Fábricas monopolizam nações 
capitalistas fortalecem vaidades
na vida que roem imprimem a morte 
e a natureza viva brada por socorro
exclama a piedade de nossas mãos
roga pelo fertilizante dos nossos filhos
revolta-se pelos caminhos de nossos pés
chora pelo destino dos pequeninos.
Fogo, o sol que escalda e arde nosso verde
nossa mata, nossa gente.
Lágrimas das nuvens, transborda
escorre as cinzas das raízes
as deitam nos leitos dos rios
em escuro abraço sorve o fôlego dos peixes.
Da terra árida, da folha queimada, do peixe que agoniza, 
do pássaro que enfraquece, do animal que esconde, 
do rio que seca, da vida que morre, a seiva escorre.
Desliza em gotas pelas nossas mãos
renasce como sementes brotando atitudes
a busca renovada pelo solo fértil 
acalentando o sonho de uma nova terra.




2011 ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS!