FLORES DE VERDADE

A distância não é a morte,

É a vida pedindo um tempo de reflexão,

Dói, é como um caixão de defunto vazio,

É um pedaço do outro que falta,

É a amizade querendo vida

Quando está quase morrendo,

O fio da vida quase desfalecendo,

É a sensibilidade que poucos entendem,

Quase ninguém vê,

Podem achar até exagero,

Mas coração de poeta é assim mesmo,

Se ama, se é amigo, é por inteiro,

Não há como deixar amor e amizade por derradeiro,

São sentimentos que vem como primeiro,

A não ser que o amor e a amizade

Também tenham entrado na era da cibernética

E tenham esfriado,

Se for assim,

Quero o calor da verdade,

O antigo, nada robotizado,

Quero as flores de verdade,

Que tem perfume,

Não as de plástico,

Que não morrem,

Porém, são imunes a qualquer

Tipo de sentimento.

Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 05/01/2011
Reeditado em 05/01/2011
Código do texto: T2710314
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