ÚLTIMO APELO.
Apenas uma poesia e tudo desperta novamente,
Como o sol, iluminando a manhã,
Como sorrisos de almas transparentes
Ou feito beijo doce de lábios de hortelã.
Brilha intensamente, cada palavra dita,
Cada gesto que a ternura nos reflita.
Ah, se me perguntares o que representas;
Eis que retoricamente, minh'alma quem fala:
- É a estrela mais bonita, que meu sonho sustenta,
- É a poesia muda, que em meu peito nunca se cala.
Despertou-me, como se eu nunca adormecesse,
E cada verso que busco no horizonte,
Reluz-se tão intensamente, como se nunca perecesse,
És feito inspiração que nunca seca a sua fonte.
Ah, nunca duvides da importância da presença tua,
Pois és mar, és céu e terra; tudo em beleza nua.
Nunca duvides do que sou, nem do que posso te dar,
Porque o meu limite é o céu; dividido ao sol e o luar
O meu tempo é o hoje, meus caminhos; o futuro;
Não se morre de amor, mas se doa a alma vencida,
Não se perde a esperança se o pensamento está seguro,
Mas entristece a poesia, vê-la por despedida...
Rio de Janeiro, 10 de Setembro de 2010.