Algo mais agradável, algo mais doce
Leve-me, oh anjo, à fonte inexaurível de todo deleite humano!
Ablua minha alma na limpidez dum beethoveniano acalanto
Na mélea sinfonia, um ode, um canto, à suprema alegria
Pra que minha alma na divinal harmonia se embeba, no aprazível olor de algum recanto!
Dai-me luz pra que eu veja o mundo, não como ele se me mostra no momento
Mas que vislumbre no advento todo ideal anelado
Para um mundo sublimado pelas virtudes excelsas, indelevelmente arraigadas
Nas almas por fim abastadas de amor... e o desencanto alijado!
Ensina-me a sorrir, não com o sorriso malicioso
De quem se acha garboso a requestar coração!
Ensina-me poesia, canção, e dá-me voz melifluente
Pra que ela tão puramente oscule a face dum irmão.