BALANÇO DE FINAL DE ANO.

 

 

Quando chega dezembro

Eis que me pego no balanço de contas:

Água, luz, condomínio, telefone, internet,
tudo é arquivado a espera de novo ano.

Não consigo arquivar

As águas dos meus prantos rolados

Nem minhas luzes que se iluminaram meu sucesso

Meus fracassos também presenciaram.

Minhas moradas interiores têm condomínio próprio e

Nem sempre pago por elas:

Freqüento minha tenda de amor de graça

Namoro na minha sala, de graça

Rezo no meu altar, de graça

Prezo-me no meu sussurrar, de graça...
Meu estado é de graça.

Nada pago pelas minhas ligações diretas com Deus,

Nada pago pelos telefonemas que me ligam

Entre mim e meus momentos de dor e de amor;

Minha internet interior é de free e só me faz bem:

- Protegem-me dos cavalos de Troia,

- Nunca ficam em manutenção,

- Quando lenta é pra não me acordar do sono!

- Não deleta meus erros, ensina-me a aprender com eles.

As salas de bate papos entre meu ego

E superegos nunca se superlotam;

Meu provedor é ilimitado: DEUS.

Meu modem é   definitivo: JESUS.