BUSCO NA CHUVA
NA RUA CHUVIA
DAQUELE RECANTO OUVIA
UMA SAUDADE SOZINHA
QUE O PASSADO CRIOU
E DEPOIS GUARDOU
NA ESTRADA MINHA.
CAIA A CHUVA FINA
TRAZENDO A MENINA
QUE A VIDA ESCONDEU
DENTRO DA LONGA AVENIDAD
ONDE A MINHA VIDA
NUNCA ESQUECEU.
A RUA SE BANHAVA
NA CHUVA QUE DESPENCAVA
MOLHANDO A ALMA DELA
QUE SE ESCONDE
NÃO SEI AONDE
VAGANDO NA PASSARELA.
OLHANDO PARA RUA
A CHUVA MOLHAVA A NUA
SOLIDÃO DA NOITE FRIA
QUE VIVIA NO OLHAR
SEM QUERER MOSTRAR
A SAUDADE QUE ARDIA.
NAQUELA NOITE CHUVOSA
OLHAVA DA JANELA IMPIEDOSA
AQUELA SAUDADE
TODA MOLHADA
ARRASTANDO NA CALÇADA
MINHA DOCE METADE.