O RIO DA MINHA VIDA
Na minha terra tem um rio.
O rio da minha querida infância,
Onde me banhei com alegria
E, ainda menino aprendi a nadar.
As águas verdes no branco da areia,
Tornou-se parte do meu sonhar.
Corri estradas, andei o mundo,
Sonhei castelos, busquei a felicidade.
No peito sinto algo bem profundo.
Onde ando ainda carrego esse rio,
Que desde menino guardo em sonhos,
E assim, sigo o rio da minha vida.
Hoje sinto tristeza ao ver esse rio,
Pois, cada dia ele morre lentamente.
Não o rio da minha infância,
Este, ainda vive ardentemente.
Mas aquele que ainda insiste,
Turvo, inerte, esquecido e triste.
Corre em filete desespero.
O que será feito desse rio?
Espera alguém que o socorra,
Não deixem suas águas secarem!
Salvem-no antes que morra!
E com ele a esperança do povo.
(Poema em socorro do Rio Ubá, Ubá/MG)