Quase meio século
Para o Universo
De presente lhe dar
Uma menina muito sensível,
De moleca é seu olhar.
Vive alegre.
Feliz? Quase sempre.
Sonha acordada.
É amante da Natureza.
Apaixonada?
Com certeza.
Ama o Sol, a Lua
A Nuvem que passa.
Em tudo ela vê beleza.
Mas não pode ainda ser ela
Vive (com uma mordaça).
Acredita no ser humano,
Não tem maldade.
Abençoa a tudo e todos
Em qualquer lugar.
Abraça-se, suspira e hoje curte
Uma gostosa saudade
De um amor que não vem logo lhe buscar.
Em detalhes, sinais, ela
Vive ligada. Ora intuição,
Ora recado.
Até crê que de você é a Amada.
Mas você menino é dela o Amado.
É movida a música, vive a cantarolar.
Canções diversas, ora alegre ora triste.
É uma maneira de estar e falar
Que a vida é bela, o amor existe.
Descobriu que quando o Amor vem
É arrasador. É caliente.
Tira nosso chão, deixa-nos a flutuar
Esquecemos limites.
Vive-se contente.
Em tudo há beleza, pasme:
É envolvente o
"até quando esperar?”
Cuida bem deste presente
Mesmo estando distante,
Reconheça seu valor,
Este estranho envolvimento
Só pode mesmo ser amor.
Somos um do outro,
Aqui, aí, onde for.
Muitas perguntas. Não dá pra calar.
Mas quero só uma resposta:
Até quando espera?