Ainda há uma canção para Noturna cantar

Ainda há uma canção para Noturna cantar

Dentro de mim um constante vazio,

O silêncio renasce quebrando a fé.

Não há respostas para as questões,

E ao redor há medo, há frustração.

As lembranças dolorosas dançam,

Minha voz assombra meu sentido.

O medo de escrever novos sonhos,

E vê-los caírem na minha imensidão.

Estou perdendo a luz de minh’alma,

Outra vez sangro pelas cicatrizes.

Oh, rendido aos tantos desejos!

Mas caindo, um anjo indo a baixo.

Meu coração afogado no veneno,

Os olhos meus cheios de chamas.

Oro para que haja noites e noites.

Há uma canção para Noturna cantar.

Revelando que sou na escuridão,

O sol já não fere os meus sentimentos,

E a liberdade paira pelo ar congelado,

Fazendo-me esquecer as dores, o passado.

Vem, esta é a hora do anoitecer!

Quando podemos nos confundir aqui.

Quando somos vivos, mesmo mortos.

Ainda há uma canção para Noturna cantar.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 11/12/2010
Código do texto: T2665136
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