Ainda há uma canção para Noturna cantar
Ainda há uma canção para Noturna cantar
Dentro de mim um constante vazio,
O silêncio renasce quebrando a fé.
Não há respostas para as questões,
E ao redor há medo, há frustração.
As lembranças dolorosas dançam,
Minha voz assombra meu sentido.
O medo de escrever novos sonhos,
E vê-los caírem na minha imensidão.
Estou perdendo a luz de minh’alma,
Outra vez sangro pelas cicatrizes.
Oh, rendido aos tantos desejos!
Mas caindo, um anjo indo a baixo.
Meu coração afogado no veneno,
Os olhos meus cheios de chamas.
Oro para que haja noites e noites.
Há uma canção para Noturna cantar.
Revelando que sou na escuridão,
O sol já não fere os meus sentimentos,
E a liberdade paira pelo ar congelado,
Fazendo-me esquecer as dores, o passado.
Vem, esta é a hora do anoitecer!
Quando podemos nos confundir aqui.
Quando somos vivos, mesmo mortos.
Ainda há uma canção para Noturna cantar.
Victor Cartier