Meu refúgio
Os versos são meu jazigo
Para as decepções do mundo,
Para a expressão de tudo
Aquilo que em mim abrigo.
Neles fazem-se andarilhos
Todo este meu sentimento,
De esperança até tormento,
E meus tão ocultos abrolhos.
Nos meus versos corre o pranto
(Ensopado pela dúvida)
Diante da prática estúpida
De ao diferente odiar tanto...
Porque odeiam tanto o distinto,
E não se aceita a diferença?
Ainda guardo a esperança
De, um dia, expor tudo que sinto.