*** INTRANQUILIDADE DA ALMA ***
INQUIETA
Por um vazio pequeno,
Palavras sem rima,
Poesia sem sentido.
Rabisco um breve descuido,
Vontade ou necessidade?
Escrevo dentro de mim a fim de curar-me.
Guardo com zelo absoluto cada palavra,
Depois as uso com intensa maldade dentro de mim.
Choro, sofro, oscilo.
Oscilo. Sim, eu oscilo nos versos.
Amanhã estarei aqui numa nova inspiração, um novo rosto.
E assim, vou sendo poeta, vivendo tão somente,
Dessa minha intranqüilidade quieta!
Adriana Carla