BAMBUZAIS
BAMBUZAIS
Bambu velho,
Arqueado com o peso das folhas...
Quando chove sede mais,
Cada gota d’água uma grande bolha,
E em cada uma aumentam-se os ais...
Na sombra,
Insetos bem-te-vis fazem graças...
Aqui e ali se repousam animais...
Atrás de cada verde folha,
Esconde se meus imperturbáveis ais...
Ao bambu novo,
Sedo o meu espaço novas folhas...
Esperam das chuvas muito mais.
Em cada esperança uma nova bolha,
Enfileirando-se a novos ais...
Bambu velho,
Bambu novo,
Poleiros de bando de alvas garças...
Abrigo de vida em aves e animais,
Onde tudo se enche de graças,
No mundo encantado dos bambuzais...
Goiânia, 20 de novembro de 2010.