Vidas Vazias Vivas

Cortando o mar, ondas violentas jogam as vidas,

Como marionetes, sem controle.

Ventos frios cortam a face.

Rasgam a pele como chicotes.

E o leme, sem direção.

Segue levando as vidas pra qualquer lugar.

Pra onde seguem?

Qual será o destino de cada um?

Estrelas esperam, intocáveis.

Lágrimas amargas marcam os rostos.

As mãos sangram, os corações sangram.

E batem acelerado.

E não há vento que seque as lágrimas que rolam.

Na face marcada pela dor.

Sozinhos seguem, passos vacilantes,

De quem não sabe seu destino.

Só uma esperança ainda resta aos que persistem.

De viver ainda mais alguns minutos,

E sonhar com uma calmaria,

Que mantenha as vidas,

Vazias.

Vivas.