A Moça Poeta
Voam as letras nas mãos da moça
que ouve e escreve poemas.
Derrama-se a tarde no horionte,
a noite se esconde entre tintas e pincéis.
Despertam as estrelas.
Dedos traçam caminhos,
colhem versos sonoros.
Lábios assobiam melodias,
espalham sopram palavras
no vermelho das horas.
A face colada no espelho,
sente a presença de amores.
A moça abre as janelas...
Lá fora, o vento varre a saudade,
dorme a moça num leito de espuma,
cavalga sobre nuvens,
depois de luares e noite infindas.