COBRA
A cortina é aberta.
A luz
Entra pela janela;
Reflete
A paisagem lá fora.
Quem na sala estava
Na escuridão,
Não sabia, só sonhava
O oculto,
Por trás da cortina.
No escuro, imaginava
Na mente.
Sonhando, fantasiava
Sem saber,
O que na realidade havia.
Então, vê-se a fera.
A cobra
Rastejante e maldito
Que engole
Tudo em sua volta.
Ao ver essa mazela,
Fecha-se
A cortina da sala.
Porque
A realidade é dolorida...
No escuro relembra a cena.
Ela,
Na mente ficou gravada.
Agora
O sonho; não é o que sonhava.
A realidade impera
Nos sonhos
De quem esperava
Pela realidade,
Dos sonhos que se sonhava!...
(PEREZ SEREZEIRO)
José Roberto Perez Monteiro – SCSul - SP serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br