GOTAS DE BORBOLETA
Ontem eu muito chorei
E, hoje, as lágrimas teimosas insistem em descer a serra
Estou muito triste...
Mas, tristeza também é boa
Quando sabemos sentir
È como voar sob o abismo inexistente da memória!
E depois de tudo, contemplar o infinito que há em mim!
Borboletas quando voam, espalham gotas de silêncio
Passarinhos também, se ouvimos o ruído que há dentro de nós
As flores observam a tudo sem julgar...
E eu, que não sou borboleta, flor ou passarinho
Sou um pedaço de asa, um perfume de pétala, um galho do ninho.
Amanhã...
Deixo que se encarregue de cuidar de si
A natureza não precisa de amanhã
O sol sabe disso e a chuva também!