GOTAS DE BORBOLETA

Ontem eu muito chorei

E, hoje, as lágrimas teimosas insistem em descer a serra

Estou muito triste...

Mas, tristeza também é boa

Quando sabemos sentir

È como voar sob o abismo inexistente da memória!

E depois de tudo, contemplar o infinito que há em mim!

Borboletas quando voam, espalham gotas de silêncio

Passarinhos também, se ouvimos o ruído que há dentro de nós

As flores observam a tudo sem julgar...

E eu, que não sou borboleta, flor ou passarinho

Sou um pedaço de asa, um perfume de pétala, um galho do ninho.

Amanhã...

Deixo que se encarregue de cuidar de si

A natureza não precisa de amanhã

O sol sabe disso e a chuva também!

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 23/10/2010
Reeditado em 30/11/2010
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