Alguns motivos para eu não partir nesta noite

Quem abrigará os meus sonhos

Adormecidos sob os prazeres

De uma maravilha chamada vida?

Quem receberá os exuberantes raios de sol

Que, ao amanhecer, despencarão sobre

A sacada numa cumplicidade antiga?

Quem provará o café quentinho

E o pão coberto com açúcar

que a minha mãe prepara nas vespertinas visitas?

Quem mostrará à minha filha

As possibilidades de alternativas trilhas?

Oh, pretensioso pai que sobre nuvens

Caminha!

Se eu partir, entretanto,

Num irrefreável e cósmico desengano

O amanhã será improvável

Ou as paredes do tempo

Receberão novas tintas?

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