Ouço os sons da vida



Parece que parei no tempo...
Engaiolada, fechei os olhos, só lamentos...
Trevas sombrias, era só o que me cercava,
E não percebia que o tempo passava...
Mas algo recente, impossível, em nada recíproco,
Me despertou em rufares de tambores...
Apimentada, de pá virada, soltei o grito que me engasgava...
Cansei dessa vida que de bom não acontece nada
Chega de ficar parada, vou dar uma guinada...
Caminhos não faltam, eu que não os enxergava...
Acordei... E ouço os sons da vida...
Vida multicolorida, pedindo pra ser vivida...
Esqueço o tempo perdido, recupero as esperanças...
Até o AMOR, quem sabe, me encontre na alvorada...
Hoje vejo meu interior, não há coração condenado,
Nem um medo me atormenta, nem há mais dor do passado,
Estou liberta da gaiola, que era visionária...
Eu nunca estive presa, a liberdade só estava apavorada
Camuflada pela sombra do algoz que me atormentava...

***

Amigo Walter, que linda interação! Amei!!!
Obrigada de coração, viu?

Quem mergulha em tristezas e melancolias...
Pensando que na descida...
Chegou ao mais profundo de seu Ser...
Ao lugarzinho mais interior...
Chegou e, não está longe de encontrar...
Esse lugar escuro e tenebroso...
Cheio de sombras, espelhos e, cristais partidos...

Anime-se, cante e encante a todos...
Alí no mais profundo de teu interior...
Assim até um pouco adormecidos...
Estão sim as maravilhas...
De tua vida esperando que as despertes...
Uma a uma as vidas que dentro de ti...
Ansíam por viver em tua alegria...
Em teu Amor imenso pelo teu Amado...

Walter de Arruda


Imagem google