O que se cria.
Mesmo aquilo que não entra,
Deixa espaço, quando sai.
Um inventário, que se inventa,
De um prejuizo que se esvai.
Se esvai, pois, idealizado,
O ideal sempre captula,
Depois do real, realizado,
Torná-lo vão, de idéia nula.
E idéias nulas sempre são
Fruto da intenção de um todo,
Que se deu antes do real passado,
Forjando, assim, um presente novo.
Que todo presente novo,
Frustrado em meu dia-a-dia,
Não me traga só o estorvo,
Mas esperança, que se cria.