Calafrios

No desalinho seguro da expressão

O colo do aconchego revisa as preces

O amor veste a estrada e o deserto

A reserva é natural da emoção

Na solidão que habita casebres

Vocifera o sentimento subverto

O calafrio respinga a direção

No vendaval de oitantes

O corpo tange introverto

Riscos que serenam a decisão

Rastos e alquebres

Dedilham a espera do liberto

Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2010.