Caminho do Perdão

Tenho que deixar a dor doer

sem fazer semblante do não-ser,

sem querer ser forte e não ver

a fragilidade me espremer...

Tenho que deixar água rolar

do rio cansado a transbordar

das fúrias chuvosas proteger

a pequena casa do viver...

Tenho que, enfim, me superar

e deixar fluir o meu olhar

para tudo que me resta reter:

abraçar amigos, me amar

e, a maldade e a fraqueza perdoar.

Helena De Santa Rosa

Niterói, 10 de outubro de 2010

21:14

Helena de Santa Rosa
Enviado por Helena de Santa Rosa em 10/10/2010
Reeditado em 01/11/2010
Código do texto: T2549218
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