Caminho do Perdão
Tenho que deixar a dor doer
sem fazer semblante do não-ser,
sem querer ser forte e não ver
a fragilidade me espremer...
Tenho que deixar água rolar
do rio cansado a transbordar
das fúrias chuvosas proteger
a pequena casa do viver...
Tenho que, enfim, me superar
e deixar fluir o meu olhar
para tudo que me resta reter:
abraçar amigos, me amar
e, a maldade e a fraqueza perdoar.
Helena De Santa Rosa
Niterói, 10 de outubro de 2010
21:14